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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

sic itur ad astra

Desejos desencontrados da essência primal do ser , confusões da vontade e todos os vícios que acendem infernos verdadeiros , solitário e abandonado no abismo que construiu , eis o ser contemporâneo à beira da morte ideológica de si mesmo , a sobrevivência do ser depende efetivamente do retorno do mesmo a sua essencial ligação , as suas origens , suas raízes...
Para onde vamos com tanta pressa , que não paramos nem para ver quem somos e muito menos o que queremos , cegos guiam cegos à beira do abismo , ser constrito em imagens cinzentas do que poderia ser...
Quanto mentira amanhece com o dia e quanta mentira adormece ou na insonia de problemas inexistentes , mata a vida que jaz morta há muito tempo...
Chegaremos as estrelas ou já chegamos , há muito tempo , quando vivíamos próximos do que somos , somos a promessa da divindade ou matamos a promessa no transcorrer do tempo ?
Assim chegaremos as estrelas e elas querem um ser tão inóspito aonde outros lá estiveram ? Selvagens , próximos a terra , coexistindo , sentindo , amando e em todos os sonhos voavam tão longe...
Assim chegaremos as estrelas , mentindo , matando , poluindo e com o amargor da hipocrisia regurgitada em falsos gestos para outros tantos seres amargos...
Assim chegaremos as estrelas , tristes e atrás de nós , pobre humanidade , jaz a pobre humanidade , mais que morta , muito mais que morta , morta em vida , ou chegaremos as estrelas e elas simplesmente não estarão mais lá ?


Luiz Grimaldi




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