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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"suae quisque fortuna faber est" Frank Miller


Por que a fé é tão pequena , menor que o instinto , o ser humano é o maior mentiroso da natureza , coexistir ou mentir a existência em papéis frívolos , que nem ao menos acreditamos , daí decorre o problema : O nosso corpo , a nossa razão , a nossa consciência sabem que estamos a mentir , mentir , ser ou não ser ? Eis a decorrência da ausência de graça  , eis a desgraça , eis a consequência do tédio incontrolável da inépcia humana , quando o ser perde o cerne de si mesmo e não consegue mais alimentar um "eu" tão fragilizado , tão inútil (...)
Qual o sentido do que quer seja , vale a pena de um sofrimento fútil , existência desmascarada , mídia descontrolada de lixo regurgitado pelo interesse dos poderosos , ignorância crassa valorizada , como único ideal de uma civilização sem rumo (...)
Em outra época , isto era chamado de escravidão , na nossa época é a pior escravidão , é a escravidão cega , daqueles que poderiam ver.

Luiz Grimaldi

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

sic itur ad astra

Desejos desencontrados da essência primal do ser , confusões da vontade e todos os vícios que acendem infernos verdadeiros , solitário e abandonado no abismo que construiu , eis o ser contemporâneo à beira da morte ideológica de si mesmo , a sobrevivência do ser depende efetivamente do retorno do mesmo a sua essencial ligação , as suas origens , suas raízes...
Para onde vamos com tanta pressa , que não paramos nem para ver quem somos e muito menos o que queremos , cegos guiam cegos à beira do abismo , ser constrito em imagens cinzentas do que poderia ser...
Quanto mentira amanhece com o dia e quanta mentira adormece ou na insonia de problemas inexistentes , mata a vida que jaz morta há muito tempo...
Chegaremos as estrelas ou já chegamos , há muito tempo , quando vivíamos próximos do que somos , somos a promessa da divindade ou matamos a promessa no transcorrer do tempo ?
Assim chegaremos as estrelas e elas querem um ser tão inóspito aonde outros lá estiveram ? Selvagens , próximos a terra , coexistindo , sentindo , amando e em todos os sonhos voavam tão longe...
Assim chegaremos as estrelas , mentindo , matando , poluindo e com o amargor da hipocrisia regurgitada em falsos gestos para outros tantos seres amargos...
Assim chegaremos as estrelas , tristes e atrás de nós , pobre humanidade , jaz a pobre humanidade , mais que morta , muito mais que morta , morta em vida , ou chegaremos as estrelas e elas simplesmente não estarão mais lá ?


Luiz Grimaldi




sábado, 8 de outubro de 2011

Ipso facto


Quero ilustrar a anterioridade do que estou sentindo e por isso colocarei na íntegra um texto extraído , esse texto deveria figurar dentre os maiores documentos da humanidade e a profunda religiosidade social e humana que o texto contém , faz do mesmo mais do que uma oração, chego a sentir , que muito mais do que certas teologias ocidentais...
O texto será colocado na íntegra , sem correções...

Luiz Grimaldi

"Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976.


Em 1854, "O Grande Chefe Branco" em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.

A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:

“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.

Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoanas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo,é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo a memóriae a experiência do meu povo. A energia que flui pelas árvores traz consigo as memóriasdo homem vermelho.

Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quandovão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da Terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo, a grande águia, estes são nossos irmãos. Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei, e o homem, todos pertencem à mesma família.

Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugaronde poderemos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra. Mas não vai ser fácil. Pois esta terra é sagrada para nós.

A água brilhante que se move nos riachos e rios não ésimplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de queela é o sangue sagrado de nossos ancestrais. Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de queela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagradae que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisasda vida de meu povo. O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.

Os rios nossos irmãos saciam nossa sede. Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se deensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês, e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmocarinho que têm para com seus irmãos. Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras. Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranhoque chega à noite e tira da terra tudo o que precisa. A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence, segue em frente. Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa. Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.

O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhossão esquecidos. Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, comocoisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes. Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto. Não sei. Nossas maneiras são diferentes das suas. A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho. Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.

Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco. Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ouo ruído das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo. A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos. E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitáriode um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa. Sou um homem vermelho e não entendo.

O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, eo cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisascompartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo hálito. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo há dias esperando a morte, ele é insensível ao mau cheiro.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o aré precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritoscom toda a vida que ele sustenta.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada, como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o ventoque é adoçado pelas flores da campina.

Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem brancodeve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não entendo de outra forma. Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelohomem branco que os matou da janela de um trem que passava.

Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fumapode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamospara ficarmos vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreriade uma grande solidão do espírito. Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem. Todas as coisas estão ligadas.

Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pésé as cinzas de nossos avós. Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terraé rica com as vidas de nossos parentes. Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra. Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.

Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –o homem pertence à Terra. Isto nós sabemos. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Todas as coisas estão ligadas.

Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra. O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela. O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.

Podemos ser irmãos, afinal de contas. Veremos. De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um diadescobrir – nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejampossuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo. Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para como homem vermelho quanto para com o branco. A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezopor seu criador. Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.

Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade, queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algumpropósito especial lhes deu domínio sobre esta terrae sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando osbúfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantossecretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vistadas montanhas maduras manchadas por fios que falam.

Onde está o bosque? Acabou. Onde está a águia? Acabou. O fim dos vivos e o começo da sobrevivência."


Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976.

Sublata Causa Tollitur Effectus


Quem agoniza , de uma dor silenciosa e oculta , que fingimos não ver , que ignoramos , pois todos estamos em busca dos nossos interesses ? Agoniza o planeta e todos os seus recursos ou agoniza o ser que utiliza os recursos para um falso bem comum? Agoniza o futuro mais que certo ou o passado em dor por tudo que lutamos? Onde estão os ideais fugidios? De que valem palavras faladas e mesmo as escritas em livros, até mesmo santos, se a ação e omissão subtraem a verdade a todo o momento? Qual será o nosso legado?
Como podemos esquecer o passado ou quem sabe lembrar o futuro se tudo que existe reflete-se pelo que somos, em qualquer tempo e se não manifestamos a essência maior, não haverá qualquer juiz que julgue e muito menos um Deus estereotipado, inerte e antropomórfico , que perdoará , pode parecer complexo, mas creia no seguinte : Sua alma não é gratuita e muito menos é adquirida pelo cacarejar do nome de deus , sabe-se lá ! Um papagaio consegue também, nem será adquirida , quando do reflexo da temeridade do todo poderoso , buscar um falso respeito, uma falsa devoção, uma falsa fé , sua alma é alimentada por você , assim como teu corpo pelo alimento que você dá para ele , lembre-se que sóis gigantescos e tantas outras estrelas explodiram e semearam tantas outras e nosso corpo , material , vem do pó dessas estrelas , o universo , existiu e existirá , mas reciclando , para que algo melhor e melhor possa surgir , a vida é apenas um estado potencial , de algo muito maior que é a vida , por exemplo : Estado , líquido para gasoso, é um princípio de mudança , as estrelas vivem mais , posto a necessidade de sua existência maior , portanto estamos vivos por uma questão potencial de troca de estado e não de permanência e creia , morremos a cada dia , materialmente , é claro...
Assim a não gratuidade da alma é que não somos nem aquilo que pensamos, somos muito mais e esse corpo alma, se é que pode ser chamado assim, tem por alimento, o que sentimos , o que fazemos , assim esse corpo alma vai se completando , de outra forma a dor maior e muito maior é abandonar uma outra vida , em um lugar muito melhor do que o idealizado ou cantado ou postulado , por todos os artistas , poetas , escritores que já viveram , sim abandonar , ou uma segunda morte para que a vida possa continuar , saiba que nenhuma alma sobrevive na inanição das verdadeiras vontades e potenciais , atributos não vividos , das sensações não sentidas , que são suas conseqüentes , pela paralisia do ser frente a todo seu potencial...
O amor não é só uma palavra, tem que ser sentido e ao senti-lo resplandece a alma na ressonância plena do Criador, é óbvio que dar vazão a si não significa passar por cima dos outros , significa coexistir , mas não deixar de sentir , não deixar de viver ...
Tem pessoas que vivem automaticamente, espectros, não sentem mais, nem sensações, nem sentimentos e nem vivem , pois mesmo que vivam , não usufruem o presente da vida , o momento , a existência e tudo isso cristaliza a ALMA , que como colocado , terá que sair de um lugar ,“ sem palavras” , de tanto que é , para retornar , sim , renascer ...
Não é por uma punição de Deus, não, a alma é imortal, mas ela necessita de funcionalidade , exemplo : Você vai participar de uma maratona , mas fica um mês sem comer , o que será que acontece no dia da maratona ? Você vai conseguir “participar” da maratona? Então, é a qualidade do viver que determina a própria funcionalidade do corpo alma , a qualidade interior e é lamentável que o ser planetário, nós, humanidade, estamos justamente destruindo a funcionalidade do ser e do planeta , ou o grande espírito, significa que ao cuidar , ao zelar e preparar nosso planeta para as gerações vindouras , estaremos propiciando condições para que outros seres renasçam na possibilidade de fazer fluir o criador em si , e somente isto é orar , orar é sentir e ser , crescer e evoluir dentro do sincero potencial que temos , viver e evoluir não significa teorizar teologias mascaradas de poderes sempre corruptos , a vida maior é um reflexo das ações no nosso estado de viver e seremos e teremos mais e mais em decorrência do nosso sincero potencial vivido...
Somos responsáveis , pelo fim do mundo , ou retornaremos desse grande sono sombrio , no despertar de toda nossa vitalidade , de toda nossa vida , de toda nossa essência ressonante no Criador ?


Luiz Grimaldi


"Quod est Inferius est sicut quod est Superius, et quod est Superius est sicut quod est Inferius " Tábua Esmeralda (Hermes Trismegisto)


"Quod est Inferius est sicut quod est Superius, et quod est Superius est sicut quod est Inferius " Tábua Esmeralda (Hermes Trismegisto)


Existe um plano no ser humano , um plano estrelar , só que este plano não é a antropomorfização , nem mesmo a relação direta com a evolução da espécie homo sapiens , todos os potenciais são capacidades latentes , são promessas de um compromisso maior que temos com a evolução , evoluir não significa dogmatizar-se em religiões infantis , muito menos ser cético diante de todas as possibilidades que são oferecidas , não significa procurar ancôras ou tantas limitações ao crescimento e portanto significa , antes de compreender , ser , estar e viver , em plena potencialidade dos atributos da vontade ; nada que seja planejado , tudo que é tão somente refletido da própria essência é mais próximo de sua verdade , portanto : seja livre para andar seus próprios passos , encontre a verdade que ressoe profundamente sua alma e viva em explosiva vitalidade a sua vontade , sua alma que de apagada , acenderá e ascenderá ...
Aqui aonde estamos , somos mero reflexo , e reflexo difuso de tudo que podemos ser, mas o que fazer para encontrar isto? Simplesmente abrir a porta...


Falo ou calo ?


Luiz Grimaldi

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

nosce te ipsum

      




Esmorece a seiva , retorcida e ressequida a árvore da humanidade , deita as últimas saudades do seu apogeu e quanto ao sol , tórrido , mas antes doador de vida , calor insuportável , mas antes luz e esperança , este sol que abrasa ; árvore que na esperança , verdejou nas lutas e em todas as conquistas , sempre no resguardo do futuro , os fins que justificassem todos os meios , perdão ao instinto e a todos os egoísmos , a todas as guerras e assim procedeu , a marcha incessante de um tempo ilusório...
Insosso deserto calado de uma alma perdida , na prisão de um tempo fugaz e a vitalidade foi corroída na seca manifestação das já , não existentes sensações , não existentes sentimentos , protelar , fingir ser , caminhar , e caminhar , e caminhar sem olhar o caminho ou sem ser o caminho , o ser deixou de ter raízes de si mesmo , perdeu-se em si na maravilha mecânica em que se transformou , com poderes , muito além dos antigos deuses , cerrou os lábios ao sorrir , no amargor pleno de uma alma inóspita ...
A árvore mais parece uma pedra , mas não tão viva quanto , guarda em si contornos de vida e vem o tempo que partirá , transformará em pó ao destino de ventos incertos , de olhos sem brilho , sorrisos distantes , pensamentos confusos , que de deus , mesmo a fábula já não basta o que dizer da fé , resumida em palavras odiosas , daqueles que pregam ventos incertos , corações secos , alma pétrea , sem vida ...
Mas a árvore , creio e tão somente creio , em plena decomposição , recebeu a água do espírito , da liberdade de ser e de ser tudo que tem que ser e não será pó aonde é semente , enxutas as lágrimas , dançarão lágrimas , no êxtase do reencontro , reencontro do ser com Deus ? Plena prepotência ...
Do reencontro do ser consigo mesmo , isto e tão somente isto , é o caminho para reencontrar a Deus...



LuizGrimaldi